terça-feira, 17 de junho de 2014

Bélgica

Thibaut Courtois: Um dos melhores da Europa na actualidade, apesar da sua juventude. Vem de uma temporada brutal ao serviço do Atlético de Madrid, onde tem estado emprestado pelo Chelsea (será, naturalmente, o substituto de Cech num futuro próximo). Campeão espanhol e vice-campeão europeu de clubes, este guardião revela uma sobriedade impressionante na área, além de se impor em todo o tipo de situações, tanto por alto, como por baixo. Apesar da sua elevada estatura, revela uma agilidade e uns reflexos notáveis. Pode ser figura neste Mundial, o primeiro da sua curta mas intensa carreira.

Simon Mignolet: Guarda-redes de enormes reflexos, revela, porém, alguma inconsistência no seu jogo aéreo. Titularíssimo do brilhante Liverpool de Brendan Rodgers ao longo da temporada, chega a este Campeonato do Mundo para ser a alternativa directa ao gigante Courtois.

Sammy Bossut: Um dos melhores, senão o melhor, guarda-redes da última Liga belga. Seguro, com reflexos notáveis e uma grande agilidade entre os postes, é, de facto, um keeper bastante fiável. Esteve em dúvida, mas finalmente integrou a lista definitiva de 23 convocados, substituindo o lesionado Koen Casteels.

Vincent Kompany: Central imperial e com vasta experiência ao mais alto nível, revela-se como um dos jogadores essenciais dos Diables Rouges. Rápido, forte em antecipação e no desarme, com jogo aéreo soberbo e eficaz e eficaz nas intercepções, é, actualmente, um dos melhores defesas-centrais do planeta. Na fase de qualificação, jogou 6 jogos, nos quais apontou dois golos.

Toby Alderweireld: Deverá começar na direita da defesa, numa linha de 4 centrais apresentada habitualmente por Marc Wilmots. Seguro, geralmente bem posicionado, faz correctamente as posições de defesa-central e lateral, embora nesta última não dê a profundidade que muitas vezes se exige a um jogador que actue nessa posição. Regular.

Thomas Vermaelen: Jogador com perfil de patrão, tem sido atormentado por lesões incómodas ao longo das últimas temporadas. Pode actuar como central ou, em casos mais extremos, como lateral-esquerdo. Jogador sóbrio e eficaz no desarme, revela qualidades notáveis em termos posicionais. Veremos se Wilmots confiará nele para assumir a titularidade logo de início ou não...

Jan Vertonghen: O provável titular na lateral esquerda, posição que fez, aliás, durante parte da época no Tottenham. Defensivamente, revela-se muito forte, tanto por alto, como no desarme e até antecipação. Quando joga a lateral, dá largura e, por vezes, alguma profundidade, tentando algumas vezes o cruzamento, nem sempre com sucesso, porém. Vai ser titular, pois claro.

Daniel van Buyten: Central muito experiente, está perante o último grande desafio de uma longa e interessante carreira. Fala-se que poderá ser titular já na estreia, o que seria um prémio para a competitividade e longevidade deste defesa. Sólido e imperial, embora já não tenha a mesma flexibilidade doutros tempos, poderá vir a ser muito útil durante este Campeonato do Mundo.

Nicolas Lombaerts: Defesa do Zenit, será suplente, mas é uma opção interessante, caso existam problemas com os outros centrais. Geralmente bem posicionado, sólido, com boa capacidade de desarme, consistência no corte e boas dobras sobre os laterais, é um jogador sóbrio e eficaz, ainda que não seja o melhor central deste grupo. Muito útil.

Anthony Vanden Borre: Jogador completo em termos defensivos e com bastante experiência, será, naturalmente, uma opção de banco, alternativa directa a Alderweireld. É o único lateral-direito de origem da convocatória de Wilmots.

Laurent Ciman: Central seguro e sóbrio, foi um dos líderes da boa defesa do Standard de Liège ao longo da época. Na selecção, poderá ainda actuar como lateral, algo que já fez nos tempos de Georges Leekens. Opção de banco clara.

Axel Witsel: Titular indiscutível, resta só saber quem será o seu companheiro na zona mais central do terreno. Jogador tacticamente completo, com boa qualidade de passe e que se desprende facilmente rumo à segunda linha, é um médio que exibe atributos ofensivos, mas também ofensivos. Sem arriscar demasiado no remate e sem dar muitos passes de golo, mostra-se, ainda assim, essencial a garantir os equilíbrios do meio-campo belga.

Marouane Fellaini: Época pouco conseguida no Manchester United pode-lhe ter tirado o estatuto de indiscutível na selecção. Actuou em 7 jogos da fase de qualificação (1 golo) e vem sendo um jogador intocável nesta equipa ao longo dos últimos anos. Projecta-se bem para a segunda linha, revelando qualidades no remate e no jogo aéreo. Porém, está longe de ser um organizador de jogo, embora participe bem no processo ofensivo. Veremos se dá para Marc Wilmots lhe confiar um lugar no "onze"...

Kevin de Bruyne: Médio bastante criativo, vem de uma segunda volta muito conseguida ao serviço do Wolfsburgo, onde esteve emprestado pelo Chelsea. Pode actuar em todas as posições do meio-campo ofensivo e revela-se bastante útil e consistente nas suas actuações. Talentoso com bola e rápido, demonstra versatilidade, qualidade no remate e boa visão de jogo. Será titular, pela certa.

Steven Defour: Uma espécie de "pêndulo" no meio-campo, revela-se bastante cumpridor e disciplinado tacticamente. Mesmo sem ser titular, revela um rendimento mais consistente na selecção do que no FC Porto. Certo no passe, trabalhador em termos defensivos e com alguma tendência a aparecer na segunda linha para distribuir jogo. Útil.

Moussa Dembelé: Candidato a titular, vem de uma época irregular ao serviço do Tottenham. Começou a carreira como atacante e foi recuando, até se tornar num interessante médio-centro, de propensão ofensiva. Por vezes, falta-lhe intensidade nas acções defensivas, mas dá uma saída de bola interessante e alternativas de hora de criar soluções na segunda linha do meio-campo. Bom jogador.

Adnan Januzaj: Puro talento, ainda a ser refinado, vai para grande jogador, certamente. A sua convocatória deve-se a uma época onde foi uma das figuras mais entusiasmantes de um pobre Man.United. Joga sobretudo à esquerda, embora possa actuar também mais por dentro. Esquerdino, embora não tenha mau pé direito, revela coragem no um-para-um, descaramento e possui bastante velocidade. Fisicamente, é também um jogador bastante completo. Procura a sua sorte grande aos 18 anos num Mundial potencialmente histórico para a Bélgica!

Nacer Chadli: Época irregular no Tottenham, jogando muitas vezes nas costas do ponta-de-lança ou como segundo avançado. Jogador rápido e desequilibrador, teve uma adaptação não muito fácil ao futebol inglês e continua sem convencer demasiado. Porém, no habitat natural da selecção, poderá vir a revelar-se útil para Marc Wilmots.

Eden Hazard: Figura desta equipa e génio futebolístico, sabe que os olhos do Mundo vão estar postos em si de cada vez que entrar em campo neste Mundial. Médio-ofensivo, que parte preferencialmente da esquerda, este destro possui uma qualidade técnica notável, que aliada a um notável jogo associativo e velocidade em progressão com bola, pode destruir qualquer defesa contrária. Hábil desequilibrador, revela atributos no drible, além de demonstrar ter uma visão de jogo notável. Bom finalizador, pode ser um jogador constantemente decisivo para a sua selecção. Craque puro.

Kevin Mirallas: Alterna entre movimentos verticais na linha e diagonais procurando aparecer no espaço do "9" e revela-se como um dos jogadores potencialmente mais decisivos desta selecção. Rápido e com boa técnica, vem de boas temporadas ao serviço do Everton e de uma qualificação notável pela selecção belga (só falhou um jogo em 10 e apontou 2 golos no trajecto rumo ao Brasil).

Romelu Lukaku: Um dos melhores (senão o melhor...) ponta-de-lança jovem do futebol mundial na actualidade. Fisicamente poderosíssimo e com uma recepção de bola notável, demonstra muita potência no último terço, à qual alia uma enorme destreza com a bola, segurando-a com eficácia, para distribuir ou procurar o remate. Exímio na finalização, demonstra ainda qualidades no jogo aéreo, algo que não admira tendo em conta a sua estatura. É a grande esperança de golo para a selecção belga neste Mundial, claramente.

Dries Mertens: Costuma partir da esquerda, embora seja destro e é um jogador que agita muito o ataque. As diagonais, os arranques em velocidade, o controlo de bola, visão de jogo e remate cruzado, fazem dele um jogador muito útil e com grande capacidade de decisão. Astuto a explorar espaços longos, revela-se um jogador ideal para jogar em contra-ataque ou em ataques organizados mas rápidos. Belíssima opção.

Divock Origi: Jogador de enorme potencial, foi uma das surpresas desta convocatória (eu diria até que foi a "surpresa"). Fez uma época tremenda no Lille, onde mostrou ser um atacante completo e arguto na hora de atirar à baliza. Embora possa melhorar em algumas definições, revela qualidades técnicas notáveis e possui uma velocidade que embaraça qualquer defesa contrária. Como extremo ou ponta-de-lança, revela-se uma fonte de perigo constante.


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